Natural de Natal, Rio Grande do Norte, Irlan Santos cria uma atmosfera em seu trabalho que consoa com outros projetos postados aqui no blog, este movimento de uma música mais introspectiva que a pandemia proporcionou criou uma pluralidade de formas dessas impressões ácidas e íntimas coincidirem pelo país e no mundo.
Dentro desse movimento é que encontra-se Cordas Enferrujadas, um manifesto sonoro declarado pelo heterônimo Nalri Sotnas, aonde o avesso de si debruça-se pela música em forma de um eu lírico ora calmo ora voraz como as frequências distorcidas durante as faixas.
A combinação do acústico com elétrico cria uma harmonia que se progride entre solos ou permanece como sustento para essa poética que urge em melodias suaves e graves perpetuadas pela voz característica de Irlan em sua execução.
A abertura do disco pela faixa Seis Cordas introduz uma instrumentação beirando o caos do ruído ao mesmo tempo que se sobrepõe com calmas harmonias, é uma tensão auditiva que explora um dimensionamento necessário da atenção para a faixa que a segue, Expresso Espacial vem com a voz e violão revelando o timbre tão raro de Irlan que lembra muito o Zé Ramalho inclusive, assim o álbum se segue com voz e violão até o seu encerramento onde todas as estéticas demonstradas pelo disco convergem em uma única música.
Ouça o som das Cordas Enferrujadas de Nalri Sotnas:
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