Arte No Oeste: Murilo Brandão Souza e a Mitologia Oestina



 A coluna Arte No Oeste dessa semana é sobre o livro Diálogos Entre Oralidade e Erudição Em "A Cachorra Helena" recém publicado de Murilo Brandão Souza, falaremos um pouco de sua trajetória e de sua publicação a seguir. Este estudo inclusive é o primeiro a tratar do tema fazendo do autor o único pesquisador do seu tema atualmente.

Quem é Murilo?


Murilo Brandão Souza é natural de Correntina-BA, oeste baiano, concluiu em 2015 sua licenciatura sobre Letras, Língua Portuguesa e Literaturas em Barreiras-BA, depois em 2017, a especialização em Artes e Ação Cultural pela UFOB em Santa Maria da Vitória, no ano seguinte, o mestrado pelo programa de Pós-Graduação em Literatura  (UNB). Conta com diversas publicações de resumos e artigos científicos, ficou entre os vencedores do Concurso Literário Osório Alves de Castro Contos realizado pela UFOB em 2016.Além disso, traz consigo uma bagagem como artista marginal, engajado com a produção de festivais contra-culturais pelo oeste baiano tais como Ajuda Ao Vivo e Festival Correnteza na cidade de Correntina e Noite do Horror em Barreiras. Musicalmente sua trajetória traz como fundador diversos projetos como a banda Majestade, Poluição Sonora, Scar Tissue e Radicaos, durante 2006 a 2009 em Correntina. A partir de 2010 em Barreiras forma a Projétil Paralelo simultaneamente começa sua carreira solo, logo esta se vê acompanhada pela banda de apoio As Aberrações, o projeto solo se funde com a nova identidade para permanecer como a atividade mais duradoura, tendo lançamentos constantes até o presente ano. Seguindo sua estadia outros projetos de menor duração existiram como a banda Os Biés e Neurovermes, esta última responsável por trabalhar com a estética cyberpunk no oeste baiano através de sua música. Além disso, o autor já teve alguns de seus poemas seus publicados pelo Sarau da Lua Cheia (UFOB, Barreiras). 

E sobre o que é o livro?

Esta dissertação tem como objetivo propor uma análise comparada entre a narrativa do mito Cachorra Helena, presente na tradição oral da cidade de Correntina, situada no oeste da Bahia, com o mito grego de 

Helena de Troia, personagem da Grécia antiga presente nas epopeias Ilíada e Odisseia, de Homero. A proposta de pesquisa apresentada busca estabelecer um diálogo entre erudição e oralidade traçado através de uma análise comparativa entre os objetos de estudo, a fim de observar como se dá o processo de   referenciação mítica através dos tempos e como as sociedades se comportam diante do mesmo. Tal busca terá inicialmente como embasamento teórico o pensamento de Frye (2004), Elíade (1972), Benjamin (1985), Cândido (1989). Em seu momento inicial,  o trabalho contará com uma pesquisa bibliográfica a respeito do 

mito se relacionando com o imaginário coletivo usando como palco principal a literatura oral. Na sequência, o foco da pesquisa incidirá sobre as teorias que circulam sobre o processo de estruturação e representação 

cultural como um todo, por fim serão estudadas algumas categorias de definição da cultura ribeirinha, na qual está inserida a Cachorra Helena, assim como se observa as contribuições de fenômenos como a antropofagia e mitologia para a formação da identidade cultural na sociedade humana de maneira geral. O trabalho feito segue a perspectiva histórico-alegórica, entende o mito de Helena como constante  folclórica que perpassa tanto cultura oral como erudita através de um  movimento dialógico e atemporal. 

Como adquirir? Basta entrar em contato com o próprio autor através dos links:

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