A Poética da Nochy - Liberdade e Resistência Pela Arte!



A “arte existe porque a vida não basta. O Artista resiste e o governo ameaça botar não. Com o carimbo na mão dele diz: não”. E é contra todo ataque à liberdade de expressão que a Cigana Nochy canta pelas ondas do rádio, pelas redes de streaming e pelo timbre sem efeito das vozes que semeiam sua obra.  



Liberdade é palavra-chave para compreender a sonoridade da banda. Com músicas que vão desde o mais puro Country Rock em homenagem aos catadores de recicláveis, até a mais bela sonoridade Reggae acerca “de um garoto que não tem no gibi”, a Cigana Nochy perpassa por diversos gêneros como Blues, Funk, Gypsy Song e em 2020, lançou álbum com músicas Punks, regadas de ácidas críticas sociais e discussões históricas. 
A diversidade expressa nas composições é reflexo do vasto universo musical que influencia a banda.


Nomes como Raul Seixas, Plebe Rude, Paralamas do Sucesso, Camisa de Vênus, Restos de Nada, Lixomania, Joelho de Porco, Ratos de Porão, Secos e Molhados, Cólera, Belchior, Gilberto Gil, Johnny Cash, Bob Dylan, Pixies, Dead Kennedys, Bb King entre vários outros, orientam as produções musicais e podem ser encontrados em citações e pequenas homenagens nas composições de Diego Azevedo (Gaita e Guitarra), Fernando Calderan “Bollo” (Bateria), Francis Acerbi (Guitarra, Violão e Voz) e Renan Costa (Contrabaixo e voz).






Se para Bollo “a Cigana Nochy é arte manisfesta em liberdade. É o tapa na cara da vida absorta, do mundo não mundo. Podemos dizer que nós rimos, dançamos e provocamos. Fundamentalmente”, Francis lembra que a banda “viaja seu som na poesia revelada pela Nochy, mostrando-se como a resistência que se esconde em todos nós”. A Cigana Nochy é uma expressão da centelha que acende a rebeldia e liberdade no mundo.

A Essência da Cigana: A Vida em Mutação.

A “vida sem dúvida é teatro, vista sua roupa de palhaço. Pintar o rosto e dar risadas, nos faz vestir várias máscaras”. Com os diversos papéis que interpretamos diariamente, a Cigana Nochy não poderia ser menos múltipla. Afinal, em sua gênese, sabe-se que “no início tudo era dor, um nada, vazio completo no peito. Essa dor se fez e floresceu em som, som de dentro do peito. Eis que de toda agonia, nasce ela, a Cigana Nochy. Que tudo fala ao contrário. Fica a pergunta: o que há de tão absurdo no contrário?” 
Com a essência dialética de confrontar a norma e suas regras em estilo funcionário público padrão, surge a Cigana Nochy. Uma banda múltipla em sua espinha dorsal, rompendo fronteiras musicais e embalando Funk, Punk Rock e muitos outros gêneros musicais numa única apresentação. 

Da mente criativa de Francis Acerbi, em 1999, germinaram os primeiros gritos de revolta e arte que levaram ao surgimento da Cigana Nochy. Este processo embrionário durou muito mais que nove meses, tendo seu primeiro álbum gravado apenas em 2015, no Natural Music Studio, em Piracicaba-SP. Durante este tempo, Francis participou de festivais e gravou o álbum Ensaio Pós-Caos Politika. 

Em 2019, a banda ganhou corpo durante o processo de gravação do videoclipe de O Catadô e um convite para participar do II Rock Bebe Leite, na cidade de Mombuca (SP). Esse contato levou Fernando e Renan, produtores do videoclipe, a fazer parte da banda. A entrada de Diego – que gravou, originalmente, as gaitas do álbum Caos Politika – ocorrera meses depois, estruturando a banda para participar do 2º Festival Ecológico de Piracicaba, com a música O Catadô. Ainda em 2019 a banda participou do programa Sons de Pira, pela Educativa FM de Piracicaba. 

        Em 2020, a pandemia não limitou o processo criativo que contou com a gravação de dois discos: Cigana Gaia Nochy e Discos Proibidos, Ideias Malditas (Homenagem ao Punk), ambos gravados diretamente da casa dos músicos, respeitando o distanciamento social. Como brinde, a banda teve suas novas músicas tocadas em programas do underground.

 

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