Depois de muita resistência e pressão de movimentos sociais, parlamentares e de defensores dos direitos humanos a Secretaria de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais informou que pediu a suspensão do despejo das famílias do Quilombo Campo Grande, na cidade de Campo do Meio (MG).
Na madrugada desta quarta-feira, com muita truculência, centenas de viaturas e policiais e até um helicóptero foram enviados para fazer o despejo de 400 famílias da área ocupada, onde vivem há mais de 20 anos. Dirigentes do movimento reforçaram o direito das famílias ficarem no local e denunciam os riscos aos quais estariam sendo expostas com um despejo durante a pandemia. A escola que atendia a região foi desocupada e retiraram crianças e mulheres que carregaram seus livros e carteiras para não perder tudo o que conquistaram.
O caso chamou atenção do mundo, foram dezenas de vídeos em apoio e manifestações foram enviadas ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, além de uma moção online que envolveu representantes de 24 países e de 32 entidades internacionais e nacionais, 98 coletivos e representações acadêmicas na tentativa de resolver a situação dessas famílias. Um grupo de 65 parlamentares também solicitou uma reunião com o governador Romeu Zema (NOVO) para impedir a retirada do grupo marcada para hoje.
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