COLUNA OBRAS CONTRA CORRENTE: GRAFITTI COM PRISCILA PEÇANHA

Hoje o nosso blog de notícias entrevista a artista grafiteira Priscila Peçanha. Nascida em Volta Redonda-RJ e hoje morando em Brasília, Priscila teve o interesse por desenho desde nova, a partir da influência do irmão que vivia desenhando seus personagens de desenho favoritos. Aquilo a fascinou desde o primeiro momento e quando teve a oportunidade, logo iniciou um curso  de desenho e pintura. Priscila nos conta um pouco como foi esse  início de processo: ''Um dia eu conheci um senhor que dava aulas de pintura em tela...ele se chamava Toninho...Eu tinha uns 10, 11 anos na época e comecei a pegar no pé dele pra me ensinar...aprendi tudo que sei com ele...era bem humilde o ateliê dele, pintávamos em MDF que era mais barato...'' E assim se inicia a paixão de Priscila pela arte do desenho, da pintura e do grafitti. A partir daí a artista não parou de produzir.

Priscila passou por um momento difícil quando teve de se afastar  da pintura por motivos familiares e já quase não desenhava mais; Neste momento a ajuda dos amigos foi crucial. Priscila ainda era adolescente e a motivação daqueles que estavam mais próximos a estimulou muito e logo ela voltou a desenhar. Se sentia estimulada a continuar a desenhar e pintar. Na época Priscila chegou até a participar de um projeto, um grupo de produção de desenho mas que não foi pra frente.

A artista começa a grafitar em Macaé-RJ  ela nos conta um pouco sobre esta fase: ''Eu pintava esporadicamente...era por diversão, curiosidade, encanto...eu achava incrível a forma da galera pintar e queria saber como eles conseguiam fazer aqueles efeitos com spray. Comecei a pintar com a galera de lá e aos poucos fui aprendendo mas sempre por diversão.'' Macaé foi a verdadeira ''escola'' do grafitti para a artista...onde pode se desenvolver como grafiteira.

Quando Priscila se muda para Brasília começam a surgir oportunidades para trabalho profissional. Priscila também trabalha na área de produção de eventos com seu companheiro, porém devido a pandemia do Covid-19 a artista conta que embora não tenha tido muita procura na área de eventos devido as medidas de segurança  impostas pela pandemia impedindo eventos de serem realizados,em contra partida, a artista conta que tem sido solicitada para os trabalhos com grafitti.

Para suas produções Priscila se inspira em dezenas de artistas...em produções de arte digitais, cartunistas, tatuadores, cada dia se inspira de uma forma mas uma inspiração importante que ela compartilha é seu companheiro Marco que além de artista grafiteiro também é a sua referencia de inspiração e apoio.

Em entrevista a artista também nos conta um pouco sobre os maiores desafios de ser uma mulher grafiteira: ''O grafitti mesmo parecendo bem inclusivo, ele ainda é muito machista...o que eu observo é que as grafiteiras estão tentando organizar seus próprios eventos, criando espaços, ainda tem muito dessa divisão entre grafiteiros e grafiteiras. E sobre assédio existe bastante. Muitas das vezes que eu saía pra pintar com amigos...sempre apareciam pessoas querendo contato falando sobre trabalho que queriam fazer...mas no final era só pra ficar mandando mensagem e falando bosta.Esse era um dos motivos pelo qual eu só pintava por  hobby. Ainda é bem complicado ser uma grafiteira na minha opinião Não são tão respeitadas dentro do seguimento. Também sofremos assédio entre grafiteiros. Eu pelo menos sofri. Ainda tem muito caminho pela frente para mulherada.''



Consuma arte feita por mulheres!

Pra entrar em contato com a Priscila é só acessar o Instagram @priscila_pris_ 

Fotos cedidas gentilmente pela artista em seu próprio instagram













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