COLUNA OBRAS CONTRA CORRENTE: MAXWELL ALEXANDRE EM PARDO É PAPEL

Nascido em 1990, Maxwell Alexandre despertou para as artes plásticas no curso de Design, onde um professor o fez questionar para com tudo aquilo que produzia até o momento, o artista já era envolvido com produções de vídeo e fotografia, porém neste momento se abriria um novo contexto. 



Suas inspirações são seu cotidiano, cenas da favela onde nasceu, Rocinha. No início de sua carreira o artista, pela escassez de material para pintura como telas ou tinta a óleo, utilizava do que tinha em casa como enê (produto de cabelo), graxa, dentre outros materiais disponíveis, o uso dos materiais ajuda numa possível busca de identidade naquele momento. 



Para o projeto Pardo é Papel Maxwell Alexandre faz uma pesquisa densa sobre raça. A escolha meticulosa do nome Pardo é Papel vem através de um despertar do artista para com o termo pardo, utilizado com uma expressão racista, afim de clarear ou invisibilizar o negro. Pintar corpos negros em papel pardo então, torna-se uma atitude política de cunho crítico social. É também bastante presente em suas obras, contrastes.

Em uma mesma obra é possível assistir a acontecimentos como policiais revistando crianças, armas, piscina de plástico, pastor com bíblia na mão, pessoas se formando com com diplomas na mão. Enfim o artista nos coloca todo um universo a ser explorado em cada canto do papel. As questões sociais e a urgência em se retratar as mesmas são impulsos recorrentes nas obras do artista que vem conquistado museus e galerias mundo a fora.







imagens e pesquisas para o desenvolvimento da matéria: www.canalarte1.com.br / https://www.revistacontinente.com.br/edicoes/219/maxwell-alexandre#

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